Aaron Levant, CEO da Complex, assume sem rodeios: nunca valorizou diplomas universitários ao contratar colaboradores. “Eles podem ter isso [no currículo], mas eu simplesmente nem olho”, afirma. A razão? Ele próprio não tem formação universitária.
Mas engana-se quem pensa que Levant seja menos exigente na hora de formar equipas. Com décadas de experiência a lançar e fazer crescer empresas, diz saber exatamente o que procurar nos candidatos: ambição, espírito empreendedor e experiência prática.
O fator-chave? Ter uma “atividade paralela”. Para Levant, um projeto pessoal – seja vender cobertores ou criar uma pequena marca online – é um forte indicador daquilo que mais valoriza: a propensão para o empreendedorismo. “Isso diz muito sobre a personalidade de alguém e o seu grau de iniciativa”, sublinha, de acordo com a ‘CNBC’.
Outro fator decisivo para o CEO da Complex é a lealdade demonstrada no histórico profissional. “Se vejo alguém com sete empregos em sete anos, isso é um sinal de alerta”, diz, referindo que tal pode indicar falta de compromisso – ou simplesmente falta de competência.
Especialistas de carreira, como Drew McCaskill, do LinkedIn, aconselham candidatos com percursos menos lineares a explicarem essas mudanças nos seus perfis ou entrevistas, para não perderem oportunidades por falta de contexto.
Mais do que formação académica, Levant procura competências úteis e experiência comprovada. “Quero contratar pessoas que já tenham feito o trabalho antes, para que possam começar a contribuir desde o primeiro dia”, explica.














